As medidas protetivas são ferramentas legais importantes para assegurar a segurança de indivíduos em situação de vulnerabilidade. Elas desempenham um papel crucial ao fornecer proteção em cenários de risco. Entender como funcionam e qual o prazo de vigência é essencial para todos que buscam ou necessitam desse amparo legal.

Prazo das Medidas Protetivas de Urgência

As medidas protetivas de urgência são fundamentais no contexto de proteção a vítimas de violência. Elas têm o objetivo de resguardar aqueles que estão em situação de risco. O prazo dessas medidas é fixado em lei e, segundo a legislação vigente e entendimento do Superior Tribunal de Justiça (STJ), devem permanecer ativas enquanto durar a situação de risco que motivou sua implantação.

No entanto, o prazo não é fixo e pode variar dependendo do caso específico. Existem magistrados que definem prazos de 6 meses, 1 ano ou até 2 anos, sempre com a possibilidade de prorrogação. Essa decisão depende da avaliação contínua do risco à vítima.

É crucial que haja monitoramento constante e revisão periódica dos casos, para garantir que a proteção continue sendo necessária e adequada. A flexibilidade no prazo visa assegurar que a proteção não seja interrompida prematuramente, colocando em risco a segurança das vítimas.

Medidas Protetivas Baseadas em Falsas Alegações

As medidas protetivas surgem como um instrumento imprescindível para garantir a segurança de vítimas em situação de risco. No entanto, quando baseadas em falsas alegações, várias nuances legais e éticas entram em jogo. A legislação estabelece que essas medidas devem permanecer em vigor enquanto existir a situação de risco que levou à sua decretação. Contudo, a prática judicial pode, às vezes, atribuir um prazo fixo, como 6 meses, 1 ano ou até 2 anos, com possibilidade de prorrogação, dependendo das circunstâncias apresentadas ao magistrado.

Desafios enfrentados em caso de falsas alegações incluem a dificuldade em delimitar temporalmente quando a ameaça não existe. Isso ocorre porque a manutenção das medidas muitas vezes se apoia apenas na declaração da mulher, o que pode sustentar a medida enquanto ela conseguir manter a alegação. O papel do poder judiciário, portanto, foca em uma avaliação cautelosa e aprofundada para evitar injustiças e garantir que apenas casos legítimos e verificados se beneficiem da proteção jurídica oferecida pelas medidas protetivas.

Discutir e analisar a validade das medidas quando há indícios de que elas se baseiam em informações falsas requer uma abordagem multidisciplinar, envolvendo tanto o direito penal como práticas de investigação eficazes, tudo isso para promover justiça e proteção adequadas às reais vítimas, além de garantir que os direitos de todos os envolvidos são respeitados.

Vinícius Vieira
Advogado criminalista especialista na defesa do homem acusado de violência doméstica

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